Manaus registrou, na manhã deste domingo (domingo-feira, 14), uma manifestação contra a proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Organizações sociais e representantes da classe trabalhadora ocuparam a Avenida Getúlio Vargas com faixas, bandeiras e palavras de ordem, defendendo a manutenção das punições e criticando o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros nomes associados à articulação da tentativa de golpe.

De acordo com os organizadores, cerca de 3 mil pessoas participaram do ato, realizado em uma das principais vias da capital amazonense. As mensagens exibidas reforçaram o tom de protesto, com frases como “Democracia Não Se Anistia” e “Punição Para Golpistas”, em oposição direta ao projeto que tramita no Congresso Nacional.

O diretor jurídico da Asprom Sindical, Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus, Lambert Melo, afirmou que a mobilização expressa a indignação de parte significativa da sociedade local, especialmente da classe trabalhadora, diante da proposta de anistia. Segundo ele, os atos de 8 de janeiro representaram um ataque à democracia brasileira e não podem ser relativizados.

Lambert também destacou que trabalhadores e entidades do Amazonas se posicionam contra a aprovação da medida no Senado e defendem a responsabilização dos envolvidos como forma de preservar o Estado Democrático de Direito.