O nome do assessor do deputado federal Pauderney Avelino (União Brasil-AM), João Batista da Silva Campelo, foi citado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no contexto das investigações da Operação Galho Fraco, que apura suspeitas de desvio de recursos da cota parlamentar e possível lavagem de dinheiro no Congresso Nacional.

A menção consta em decisão do ministro Flávio Dino que autorizou diligências no âmbito da operação, com base em relatório produzido pela Polícia Federal (PF). João Batista atua como secretário parlamentar no gabinete de Pauderney Avelino desde o mês passado, conforme informações do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.

Segundo a PF, o assessor aparece relacionado a movimentações financeiras consideradas atípicas. Entre os registros analisados está um depósito fracionado no valor de R$ 15 mil feito na conta de Itamar de Souza Santana, secretário parlamentar do deputado Carlos Jordy (PL-RJ) e um dos principais investigados na operação.

Os investigadores apontam que a transação ocorreu em um intervalo próximo a outros repasses realizados por Itamar a terceiros, o que levantou suspeitas sobre uma possível articulação no fluxo financeiro. Para a Polícia Federal, o padrão identificado pode indicar uma tentativa de pulverização de valores com o objetivo de dificultar o rastreamento da origem dos recursos.

Apesar de ter o nome citado no relatório, João Batista não foi alvo direto de medidas cautelares determinadas pelo STF, como busca e apreensão ou quebra de sigilo bancário. As ações autorizadas concentram-se principalmente em assessores e pessoas ligadas aos gabinetes dos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy.

A Operação Galho Fraco investiga um suposto esquema envolvendo locadoras de veículos de fachada, utilizadas para justificar despesas da cota parlamentar. A suspeita é de que essas empresas simulavam gastos para mascarar despesas e permitir o desvio de recursos públicos.

DECISAO-FLAVIO-DINO