
Na segunda-feira (29.jul.2024), os venezuelanos saíram às ruas para protestar contra a controversa reeleição do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda). Imagens de panelaços, ruas e estações policiais incendiadas, além de manifestantes feridos e mortos, estão sendo amplamente compartilhadas em aplicativos de mensagens e redes sociais. Segundo a ONG Foro Penal, ao menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Outras 132 foram presas.
Os dados da Foro Penal foram atualizados nesta terça-feira (30.jul) às 10h na Venezuela (11h em Brasília).
As manifestações começaram após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar a vitória de Maduro com 51% dos votos. Seu principal opositor, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita), teria recebido 44% dos votos, conforme a autoridade eleitoral venezuelana.
O Observatório de Conflitos da Venezuela registrou 187 protestos em 20 estados do país até as 18h locais (19h em Brasília) de segunda-feira (29.jul). Também relatou uma forte repressão de grupos paramilitares e forças de segurança.
“Exigimos que as autoridades venezuelanas garantam o direito à manifestação e à expressão pacífica de todas as pessoas. Instamos também a população a exercer seus direitos de forma pacífica”, apelou a organização nas redes sociais.
Os números de mortos e feridos divergem, e até a publicação deste texto, dados oficiais ainda não foram divulgados.