O traficante Adriano Eduardo Ferreira, conhecido como “Adriano Imperador”, conselheiro da facção criminosa Comando Vermelho (CV), foi preso na madrugada deste domingo (22) por policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam). Adriano, dado como morto desde julho de 2023, confessou ter forjado sua morte para escapar de mandados de prisão e continuar comandando o tráfico no bairro da Compensa, em Manaus.

A prisão ocorreu por volta de 00h40, na avenida Max Teixeira, Zona Norte, após denúncia de que dois homens armados circulavam na área em um veículo Gol cinza, placa NOJ-504. Com o auxílio do sistema Oráculo, o veículo foi localizado. Durante a abordagem, os policiais encontraram uma pistola calibre 9mm com 10 munições, portada pelo condutor. Na consulta nominal, foi identificado um mandado de prisão por homicídio contra Adriano, que era passageiro do carro.

Histórico criminal

Adriano foi preso em agosto de 2020 durante uma operação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) no bairro da Compensa. Ele era apontado como líder do tráfico de drogas na região e suspeito de envolvimento em homicídios relacionados a disputas entre facções. Na época, foram apreendidos uma submetralhadora 9mm, munições e mais de 2 kg de drogas.

A farsa da morte

Em julho de 2023, Adriano foi dado como morto após relatos de que teria sido assassinado em Rio Preto da Eva, no Amazonas. Supostamente, ele teria agredido duas mulheres antes de ser alvejado por pistoleiros. Na ocasião, portais de notícias divulgaram vídeos de um homem morto, vestido com uma camisa do Flamengo, atribuindo a identidade da vítima a Adriano Imperador.

Testemunhas afirmaram que Adriano caiu em uma emboscada ao atender a uma ligação enquanto estava em uma área de praia no município. Ele teria sido executado com dois tiros na cabeça por homens que o aguardavam na rodovia AM-010. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) e liberado como sendo de Adriano.

Com a prisão, a polícia investigará quem foi a pessoa sepultada como “Adriano Imperador” e os responsáveis pela farsa.