
Enquanto Débora Rodrigues dos Santos, responsável por pichar com batom a estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro de 2023, já recebeu dois votos na Suprema Corte para sua condenação a 14 anos de prisão em regime fechado, um caso semelhante envolvendo uma figura de esquerda teve uma punição significativamente mais branda.
O episódio em questão envolve o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR), que em 2020, recém-eleito vereador em Curitiba, pichou uma unidade do Carrefour durante um protesto contra a morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte em uma loja da rede em Porto Alegre (RS). Na ocasião, ele escreveu na parede do supermercado uma frase atribuída a Martin Luther King: “A injustiça praticada em qualquer lugar do mundo é uma ameaça à justiça em todos os lugares do mundo”.
O Tribunal de Justiça do Paraná condenou Freitas, em julho de 2023, a três meses de detenção e dez dias-multa, pena cumprida em regime aberto e posteriormente convertida em prestação de serviços à comunidade, já que era inferior a um ano.
Além desse episódio, Freitas também esteve envolvido em uma polêmica em fevereiro de 2022, quando liderou um protesto que resultou na invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba. Ele foi cassado pela Câmara Municipal, mas teve o mandato restabelecido por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF.