Sob chuva, dezenas de empresários e comerciantes realizaram um protesto, na noite desta quarta (23), no Centro de Manaus, contra o novo fechamento do comércio. A avenida Eduardo Ribeiro e a rua Sete de Setembro foram bloqueadas pelos manifestantes por cerca de duas horas.
Eles pedem que o Governo do Amazonas reconsidere o decreto que irá fechar novamente shoppings, restaurantes e estabelecimentos não essenciais por um período 15 dias. O governador Wilson Lima disse que a medida passa a vigorar a partir de sábado (26).
Ao anunciar a suspensão da atividades, o governo relacionou o aumento da Covid no Amazonas com aglomerações em todo o Estado, inclusive no comércio, em decorrência das festas de fim de ano.
Até esta quarta, o total de mortes pela doença em todo o estado é de 5.133, e o total de infectados já ultrapassa 194 mil.

Segundo o lojista Valdir Mahmoud, o objetivo da manifestação foi fazer um apelo por um novo prazo para o fechamento das atividades.
“O pedido é para que consigamos trabalhar até 31 de dezembro, e sanarmos as despesas que tivemos ao longo do ano, pois ficamos quatro meses fechados. E esses quatro meses representam menos do que esses próximos quinze dias que fecharemos as lojas”, disse.
Os lojistas contaram ao G1 que se prepararam para o período sazonal, inclusive comprando novos produtos para serem vendidos, e atenderem a demanda da população durante o fim de ano.
O lojista Karim Tarayra disse que a notícia do fechamento do comércio foi inesperada, e pediu a reavaliação da medida, que, segundo ele, pode impulsionar desemprego no setor.
“Não somos contra o fechamento do comércio, somos a favor do fechamento com responsabilidade. Nós nos programamos durante o ano todo para o Natal e o Ano Novo e hoje fomos surpreendidos com o anúncio do decreto. Somos a favor do fechamento sim, mas a partir do dia 1º de janeiro. Hoje várias famílias poderão ficar desempregadas com essa medida”, comentou.

A suspensão foi anunciada pelo governo durante reunião com entidades do setor. Os lojistas já haviam criticado o fechamento, por acreditarem que as atividades do comércio não possui relação com o aumento do número de casos da doença.








