A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalos, conhecido como Jorginho, em abril no Pantanal, foi transferida para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde viverá permanentemente em um cativeiro especialmente adaptado às suas necessidades. O animal foi capturado há cerca de 24 dias e estava anteriormente no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS).

Segundo o médico-veterinário Jorge Salomão, responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto, o animal chegou estável e já recebe os cuidados necessários para sua adaptação.

O recinto da onça terá uma área aquática ampliada, respeitando sua origem pantaneira e o hábito de nadar e circular por áreas alagadas. O espaço não será aberto ao público e será focado na recuperação física e emocional do animal, buscando proporcionar o máximo de bem-estar possível dentro do cativeiro.

“Nós sabemos que o cativeiro nunca é o fim ideal para um animal silvestre, mas, diante desse contexto, é a melhor alternativa para ele. Nosso compromisso é oferecer a melhor qualidade de vida, com respeito e dignidade que sua espécie merece”, afirma Juliana Camargo, fundadora e presidente do Instituto Ampara Animal. “Construiremos um recinto adaptado, silencioso, com estímulos naturais, focado no bem-estar e adaptação do animal.”

A transferência foi determinada pelos órgãos ambientais responsáveis.