
Dados de 2022 do IBGE revelam que Manaus é a segunda capital brasileira com maior percentual de moradias em áreas classificadas como favelas ou comunidades urbanas. Segundo o levantamento, 53,9% dos domicílios da capital amazonense estão em assentamentos considerados “subnormais”.
O índice coloca Manaus atrás apenas de Belém (PA), que lidera o ranking com 55,6%. Em terceiro lugar aparece Salvador (BA), com 42,2% das moradias em áreas precárias.
A situação em Manaus é reflexo de um crescimento urbano desordenado, falta de políticas habitacionais consistentes e ausência de infraestrutura básica em muitos bairros da cidade. Regiões como zona Leste, zona Norte e áreas de expansão urbana concentram grande parte dessas moradias, muitas vezes erguidas em áreas de risco ou de preservação ambiental.
Outras capitais da região Norte também apresentam altos percentuais: São Luís (33,4%), Macapá (26,9%) e Rio Branco (22,5%). Apesar da imagem internacional associada às favelas do Rio de Janeiro, a capital fluminense aparece apenas em 10º lugar no ranking proporcional, com 20,8%.
No total, mais de 3,1 milhões de moradias estão situadas em áreas precárias nas capitais brasileiras — o que representa 18,7% das residências dessas cidades.
O dado sobre Manaus chama atenção para a urgência de investimentos em urbanização, habitação e saneamento básico, sobretudo diante do crescimento populacional e das consequências sociais e ambientais desse cenário.






