O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, confirmou nesta terça-feira (24/6) um acordo de cessar-fogo com Israel, encerrando oficialmente o conflito iniciado há 12 dias. O anúncio foi feito por meio da mídia estatal iraniana, que classificou o fim das hostilidades como uma “vitória histórica” para o país.

“Hoje, após a postura corajosa de nossa grande e histórica nação, testemunhamos o cessar-fogo e o fim da guerra de 12 dias imposta ao Irã pela aventura criminosa do regime sionista”, declarou Pezeshkian. Ele ainda afirmou que “toda a glória desta conquista pertence à civilizada nação iraniana”.

Apesar da trégua, os desentendimentos sobre a narrativa do conflito continuam. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que destruiu as instalações nucleares do Irã e minimizou a resposta iraniana — um ataque com mísseis a uma base americana no Catar, que não deixou feridos.

Do lado israelense, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, tenente-coronel Eyal Zamir, afirmou que uma etapa importante da guerra foi concluída, mas que o enfrentamento ao Irã ainda não chegou ao fim. “Apesar da conquista significativa, devemos manter o foco. Agora, nossa atenção volta para Gaza: recuperar os reféns e enfraquecer o regime do Hamas”, destacou Zamir.

Cessar-fogo sob tensão

O presidente Trump havia anunciado o cessar-fogo na noite de segunda-feira (23/6), informando que ambas as nações haviam concordado com a trégua. No entanto, pouco depois, autoridades israelenses acusaram o Irã de violar o acordo. Segundo relatos, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu não responder militarmente após conversas com Trump.