Brasil – O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) só mantém sua força política por causa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, por isso, deve seguir a orientação do pai sobre os rumos da sucessão presidencial de 2026.

“Ele tem que obedecer porque os votos que ele tem são por causa do pai, não são por causa dele”, disse Valdemar, em entrevista à Folha ao comentar rumores de que Eduardo cogitaria deixar o PL para disputar a Presidência por outro partido.

Segundo Valdemar, uma eventual ruptura entre pai e filho seria impensável.

“Não acredito que brigue com o pai dele… Vai ajudar a matar o pai de vez? Porque o que o Bolsonaro está passando… Nossa Senhora.”

O dirigente reconheceu que Eduardo vive uma fase difícil desde que passou a morar nos Estados Unidos, sem perspectivas de voltar ao Brasil no curto prazo.

“Ele não queria estar lá. Tá certo que os Estados Unidos são um país muito bom e tudo, mas o cara não ter perspectiva de voltar para cá é duro. Ele tinha uma eleição garantida para o Senado em São Paulo. Ele é tão novo”, avaliou.

Sucessão presidencial

Valdemar disse que Jair Bolsonaro pode surpreender na escolha de um nome para disputar a Presidência em 2026, citando os governadores Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ratinho Jr. (PSD).

Questionado sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Valdemar afirmou que ela continua no radar, mas não a colocou como prioridade.

Outras lideranças

O presidente do PL também destacou outros nomes fortes do partido, como Flávio e Carlos Bolsonaro, além do deputado federal Nikolas Ferreira, que segundo ele se tornou um dos maiores ativos eleitorais da legenda.

“Agora, tem um que é o máximo: o Nikolas. Ele virou um problema para mim. Todo mundo quer que ele vá em todo lugar”, disse, acrescentando preocupação com a segurança do parlamentar após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk nos Estados Unidos.

Relação com o STF

Valdemar ainda comentou que Jair Bolsonaro pediu ao filho Eduardo que não atacasse o ministro Gilmar Mendes, do STF, com quem mantém boa impressão.

“Ele inclusive foi para o Mato Grosso apoiar o irmão do Gilmar para prefeito. Eu adoro o Gilmar. Adoro, mas não tem conversa”, disse.