
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, teve o recurso negado pelo Pleno do STJD nesta quinta-feira (13/11) no processo que apurou suposta manipulação esportiva. Ele foi considerado culpado por ter forçado um cartão amarelo contra o Santos, em 2023, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador não será suspenso, mas deverá pagar multa de R$ 100 mil.
No julgamento, Bruno Henrique foi absolvido dos artigos 243 e 243-A. Para o colegiado, não houve comprovação de que o cartão foi provocado de forma proposital para favorecer apostas conduzidas por seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior.
O processo começou a ser analisado na segunda-feira (10/11), quando o STJD rejeitou o pedido de prescrição feito pela defesa. Em seguida, teve início a votação sobre a dosimetria da pena, mas o auditor Marco Aurélio Choy pediu vista, adiando a definição.
Antes disso, o relator Sérgio Furtado Filho havia votado pela absolvição no artigo 243-A e sugerido punição com base no artigo 191 — multa de R$ 100 mil, sem suspensão — mas sua posição não foi acompanhada pelos demais auditores.
O jogador havia sido condenado em 4 de setembro a 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil na primeira instância do STJD.
Relembre o caso
Bruno Henrique, pendurado com dois cartões, fez falta em Soteldo, então jogador do Santos, e recebeu cartão amarelo. Ao reclamar de forma excessiva, acabou expulso.
Em agosto de 2025, o STJD denunciou o atleta e outras quatro pessoas por manipulação de resultados ligados a apostas esportivas. A acusação afirmava que o jogador teria cometido faltas de forma deliberada para receber punições e beneficiar apostadores.
Ele foi enquadrado nos artigos 243 e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e também indiciado pela Polícia Federal por fraude esportiva, conforme o artigo 200 da Lei Geral do Esporte.
Além dele, foram denunciados quatro atletas amadores: seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior, Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos, todos próximos de Wander.
O atacante também será julgado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Investigações mostram trocas de mensagens entre Bruno e o irmão em 29 de agosto, nas quais Wander questiona sobre o número de cartões do atleta. Para a PF, as conversas indicam que Bruno teria antecipado informações sobre o risco de receber novo cartão no duelo contra o Santos.








