
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta terça-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que ele seja levado ao hospital para procedimentos cirúrgicos e que seja concedida prisão domiciliar humanitária, alegando agravamento de seu estado de saúde.
O pedido inclui um laudo médico que aponta duas condições que, segundo a defesa, exigem intervenção imediata: o quadro de soluços persistentes e refratários — tratado sem sucesso por medicamentos e demais terapias — e a piora de uma hérnia inguinal unilateral, que também demanda cirurgia.
De acordo com o relatório apresentado, Bolsonaro sofre com “soluço incoercível prolongado”, que já compromete sono, alimentação, respiração e qualidade de vida. A equipe médica indica a necessidade de bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento utilizado em casos graves de singulto, após todas as alternativas menos invasivas falharem.
Além disso, o laudo confirma diagnóstico de hérnia inguinal com indicação de herniorrafia sob anestesia geral, agravada pelas crises de soluço que aumentam a pressão abdominal e provocam dores constantes.
A defesa, formada por Celso Villardi, Paulo Bueno e Daniel Tesser, afirma que a evolução do quadro comprova “a precariedade e a delicadeza do estado de saúde” do ex-presidente e reforça o pedido de prisão domiciliar humanitária.
Os advogados também voltam a afirmar que a violação da tornozeleira eletrônica não indicaria tentativa de fuga. Segundo eles, Bolsonaro teria agido em “confusão mental” causada pela interação de medicamentos recém-prescritos, acreditando de forma delirante que havia “escutas” no dispositivo. Argumentam ainda que a pulseira permaneceu intacta e que ele próprio comunicou a necessidade de substituição, colaborando com a equipe de monitoramento.







