O ditador venezuelano Nicolás Maduro acusou, neste domingo (21), os Estados Unidos de praticarem “pirataria de corsários” após a interceptação e o confisco de petroleiros no Mar do Caribe, em meio ao reforço da presença militar americana na região.

Em mensagem publicada no Telegram, Maduro criticou de forma genérica as ações dos EUA, sem citar diretamente as apreensões mais recentes. Ainda assim, afirmou que a Venezuela vem enfrentando há meses uma “campanha de agressão”, que incluiria desde ataques psicológicos até a abordagem de navios ligados ao país. Segundo ele, o governo chavista estaria preparado para “acelerar a marcha da revolução”, em referência ao projeto político do regime.

No fim de semana, os Estados Unidos apreenderam um navio-tanque de bandeira panamenha, acusado por Washington de integrar a chamada “frota fantasma” venezuelana, usada para transportar petróleo sob sanções internacionais. Neste domingo, um terceiro petroleiro foi interceptado próximo à Venezuela, embora ainda não haja confirmação oficial sobre sua carga ou vínculo direto com o país.

Autoridades americanas alegam que as embarcações estariam transportando petróleo da PDVSA, estatal venezuelana alvo de sanções, com o objetivo de financiar o regime de Maduro. A Casa Branca sustenta que alguns desses navios operam com bandeiras falsas para driblar restrições internacionais.

Caracas, por sua vez, classificou as apreensões como “roubo” e voltou a acusar os EUA de violar o direito internacional. O governo venezuelano afirma que adotará “todas as medidas cabíveis” em resposta ao que considera atos de pirataria e escalada de pressão política e econômica contra o país.