A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (28) aponta que o Partido dos Trabalhadores (PT) segue como o partido preferido dos brasileiros em 2025. Segundo o levantamento, 24% dos entrevistados citaram a sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sua legenda de preferência.
Em segundo lugar aparece o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 12% das citações. Em seguida vêm MDB (2%) e PSDB (1%).
PT lidera há 26 anos
De acordo com a série histórica do Datafolha, o PT ocupa a primeira posição no ranking de preferência partidária desde 1999, quando ultrapassou o MDB. Desde então, o partido mantém índices na faixa dos 20%, tendo alcançado seu pico em setembro de 2022, com 31%.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Direita ainda é maioria
O levantamento também avaliou a posição ideológica dos brasileiros. Segundo o Datafolha, 35% se identificam com a direita e 22% com a esquerda. Ao todo, 57% dizem se alinhar a um dos dois polos. Outros 17% se declaram de centro, 7% de centro-esquerda e 11% de centro-direita. Oito por cento não souberam responder.
A pesquisa indica ainda que 40% dos entrevistados se consideram petistas, enquanto 34% se dizem bolsonaristas. Na escala usada pelo instituto, quem se posiciona nos pontos 1 e 2 é classificado como bolsonarista; nos pontos 4 e 5, como petista; e no ponto 3, como neutro.
Perfil do eleitorado
Os dados mostram diferenças por escolaridade, idade e religião. Entre os brasileiros com menor nível de instrução, a direita lidera com 41%, seguida pela esquerda (26%). Entre jovens de 16 a 24 anos há maior tendência ao centro (30%), enquanto entre pessoas com 60 anos ou mais predomina a direita (42%).
No recorte religioso, 24% dos católicos se declaram de esquerda, contra 16% dos evangélicos. Já a direita reúne 36% dos católicos e 42% dos evangélicos.
O levantamento foi realizado em meio à condenação e prisão de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, enquanto Lula segue à frente nas projeções eleitorais para 2026.
