No Amazonas, 354 mil pessoas, equivalente a 8,7% da população realizaram algum teste para diagnóstico da Covid-19 desde o início da pandemia até agosto. Desse total, 127 mil, ou 3,1% habitantes testaram positivo para a doença e do total, 6,6% com alguma comorbidade testou positivo. Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad Covid 19) mensal, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa também constatou que 387 mil pessoas (9,5% da população) tinham alguma comorbidade que pode agravar o quadro clínico de um paciente com a Covid-19. Dentre essas pessoas, 173 mil, homens, e 213 mil, mulheres. Hipertensão foi a mais frequente (5,9%). As outras foram diabetes (2,6%); asma ou bronquite ou enfisema (2,2%); doenças do coração (0,8%); depressão (0,5%); e câncer (0,2%). O percentual de pessoas com alguma dessas doenças crônicas que testou positivo foi de 6,6%, ou 26 mil pessoas, até agosto.
De acordo com o IBGE, com 8,7% da população testada, o Amazonas foi a 12ª Unidade da Federação, empatada com a Bahia, em percentual de testes realizados desde o início da pandemia. Os Estados com percentuais mais altos de testes realizados foram o Distrito Federal (19,4%), Piauí (14,4%) e Roraima (12,0%). Pernambuco registrou o menor percentual (5,8%) de exames realizados, assim como o Acre (6,0%), Minas Gerais (6,1%) e Rondônia (6,6%), que também apresentaram percentuais mais baixos.
Entre os testes para diagnóstico da doença, as pessoas poderiam ter realizado o exame com material coletado na boca ou nariz com o cotonete (Swab); o teste rápido com sangue coletado por um furo no dedo; ou o exame com sangue retirado da veia do braço. No Amazonas, 182 mil (4,5% da população) realizaram o teste através de furo no dedo, 121 mil (3,0% da população), o teste por exame de sangue, e 75 mil (1,9%), o teste Swab, através de coleta da saliva.
Foi observado que os testes foram realizados em maior proporção em mulheres (51,1%) do que em homens (48,9%), mas, principalmente, por pessoas de 30 a 59 anos de idade, que representaram 50,8% dos testes realizados do início da pandemia até agosto.
Além disso, quanto maior o nível de escolaridade e a renda, maior foi o percentual de pessoas que fez algum teste, visto que pessoas sem instrução ao ensino fundamental representaram 5,9% das que fizeram os teste, e as pessoas com ensino superior ou pós-graduação, representaram 17,5% do total. E as pessoas com renda de menos de meio salário mínimo representaram 6,2% das que realizaram o teste, e as pessoas com quatro salários mínimos ou mais, 31,1%, no Amazonas. De julho para agosto, houve crescimento dos testes realizados por pessoas com esta faixa de salário de quatro salários mínimos ou mais, passando de 18,2% para 31,0% do total de testes realizados no Amazonas; e entre a faixa de salário mais baixa, o percentual cresceu bem menos, de 4,2 para 6,2%.
Procura por estabelecimento de saúde
Além disso, 24,6% (ou 48 mil) das pessoas que apresentaram algum dos sintomas pesquisados procuraram atendimento em estabelecimento de saúde; percentual estável de procura em relação ao mês anterior, quando 24,1% procuraram atendimento.
A procura por atendimento poderia ser feita em mais de um estabelecimento, seja na rede pública de acesso a toda população, seja na rede privada. No entanto, a maioria das pessoas (3 milhões e 588 mil ou 89,0%) não possuíam plano de saúde, em agosto, no Amazonas. As pessoas que possuíam plano de saúde no Amazonas eram 445 mil ou 11,0%.
A pesquisa doi IBGE estimou que 194 mil pessoas (ou 4,8% da população), no Amazonas, apresentaram algum dos sintomas pesquisados de síndromes gripais. Em julho, 206 mil (5,1%) pessoas havia sentido algum dos sintomas, e, em junho, 342 mil (8,5%).
Em termos do indicador síntese, em agosto, 51 mil pessoas (ou 1,3% da população) apresentaram sintomas conjugados de síndrome gripal que podiam estar associados à Covid-19 (perda de cheiro ou sabor ou febre, tosse e dificuldade de respirar ou febre, tosse e dor no peito), no Estado. O número demonstra queda considerável em relação aos mostrados pela pesquisa nos meses anteriores, especialmente em relação a junho, quando 148 mil pessoas (ou 3,7% da população) afirmaram ter sentido sintomas conjugados, e a maio, quando 356 mil pessoas (8,8%) sentiram esses sintomas.
Em agosto, considerando o total de domicílios com presença de idosos (254 mil) no Estado, em 29 mil domicílios havia pelo menos uma pessoa com sintomas conjugados, ou seja, que podiam estar relacionados à Covid-19. Em julho, havia pelo menos uma pessoa com sintomas conjugados em 32 mil domicílios com idosos, e em junho, em 75 mil domicílios com idosos.
Fonte: D24am