Com as vacinas para a Covid-19 chegando a suas fases finais de estudo, tais como Pfizer, CoronaVac e outras, era esperado que em breve o mundo retornasse ao seu ritmo normal, como antes da pandemia. No entanto, um estudo realizado pela pesquisadora e pneumologista Margareth Dalcolmo, afirma que mesmo com a chegada da vacina, talvez seja necessário que a população siga usando máscara por mais dois anos.

Além disso, a pneumologista afirma que o vírus seguirá presente por muito tempo. “Nada no mundo foi tão pandêmico e esse vírus permanecerá em nossas vidas por muito tempo. Mesmo com a chegada da vacina, os cuidados seguirão sendo necessários por pelo menos mais dois anos, como o uso de mascarás e a prevenção em locais fechados, além de seguirmos testando pessoas que buscam viajar para outras cidades. O vírus em breve será endêmico e, com isso, a máscara e outros protocolos seguirão sendo necessários”, afirmou em entrevista.

Para a pesquisadora, quem não desejar ser vacinado sofrerá a conseqüência em seu dia a dia. “Quando alguém afirma que não irá se vacinar, precisa entender que também não irá viajar, matricular os filhos no colégio, dentre outros. É uma medida civilizatória e que, pelo menos pelos próximos dois anos, são necessárias”, explicou Margareth.

No Brasil

Além disso, a imunidade de rebanho, que entrou em discussão no país, também sofrerá problemas para ser efetiva. “A previsão no cronograma de vacinação do Ministério da saúde levará 16 meses, um período muito longo para que ao menos 60% da população sejam vacinados e alcançarmos a imunidade de rebanho”, argumentou.

Dalcolmo termina comentando que, grande parte desse cenário caótico observado no país, ainda é efeito do início da pandemia e de nossas ações. “O Brasil errou desde o começo da pandemia. Primeiro, pela falha no distanciamento social, aliado ao fato de testarmos pouquíssimo no país. A condução do país nesse quadro deixou a desejar”, finalizou.

Fonte: D24am