O depoimento do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten, à CPI da Covid teve vários desdobramentos. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos á respeito de vários assuntos, principalmente sobre uma entrevista concedida a revista Veja, aonde afirmou que o Brasil não comprou vacinas da Pfizer por conta da “incompetência” do Ministério da Saúde, na época gerenciado pelo general Eduardo Pazuello.

Durante a sessão da CPI, realizada nesta quarta-feira, dia 12, Fabio Wajngarten afirmou que não estava fazendo uma crítica ao ex-ministro da saúde, nem que o governo havia feito campanha de desencorajamento ao uso de máscaras e ao isolamento social.

Fora tais afirmações, o ex-secretário tentou se manter longe de polêmicas e buscar rodear até perguntas objetivas, o que gerou a irritação de senadores como Renan Calheiros, que afirmou apenas que o depoente “precisa responder”. Para o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), havia uma atitude desrespeitosa de vários dos senadores para com o Fabio Wajngarten, o que logo foi rebatido pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

“Ele não está sendo humilhado, ele está sendo bem tratado! Ele tem um emprego, recebe o salário dele todos os meses, está muito bem protegido! Humilhação é o povo pobre que não tem dinheiro pra comer, rapaz! Eu não humilho ninguém, você me conhece! A família dele esta vendo, as filhas dele estão vendo e eu não estou aqui para humilhar ninguém, eu me coloco no lugar dele, mas não dá pra esquecer 422 mil vidas perdidas! Queremos extrair dele a entrevista que ele deu à revista Veja, onde ele disse que a equipe do Ministério da Saúde era incompetente. Então não faça isso, não queira vitimizar ele! Não faça isso!”, discursou Omar Aziz.

Por fim, o presidente da CPI também se irritou com a postura do ex-secretário de comunicação. “Não menospreze nossa inteligência, o senhor só está aqui por conta da entrevista que deu à revista Veja, ou nós nem lembraríamos que o senhor existe. Você chamou a equipe do governo de incompetente, falou que a Pfizzer tinha 5 escritórios de advocacia enquanto o governo estava ‘perdido’. Então estamos aqui para cumprir um objetivo muito claro”, finalizou o presidente da CPI.