O número de assassinatos cresceu 4,7% em 2020, revelam dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Ao longo do ano passado, 50.033 pessoas foram vítimas de mortes violentas intencionais (MVI). A sigla engloba homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora.

O dado é menor se comparado à média dos nove anos anteriores (53.328 assassinatos), mas interrompe uma sequência de dois anos seguidos de queda.

Em 2017, 64.078 brasileiros foram assassinados, o maior número para um ano de toda a série histórica, iniciada em 2011. Em 2018, 57.592 pessoas morreram vítimas de homicídios e em 2019, 47.742.

Os números constam no 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado nesta quinta pelo FBSP.

Assassinatos por Unidade Federativa

Ao se analisar os dados por UF, Ceará registrou o maior crescimento em 2020, de 76%. Em 2019, foram cometidos 2.359 assassinatos; em 2020, 4.155.

“O Ceará estava conseguindo reduzir o número de assassinatos, mas em 2020 teve um crescimento bastante acentuado”, ressalta o coordenador de projetos do FBSP, David Marques.

Em seguida, após o Ceará, os estados que mais registraram aumento de homicídios em 2020 foram Maranhão (30,9%), Paraíba (23,8%), Piauí (23,8%), Alagoas (20,4%) e Espírito Santo (14,2%). No total, houve crescimento em 20 unidades federativas.

Por outro lado, Amapá teve queda de 22,1% no número de homicídios ocorridos no ano passado.

O estado é seguido de Pará (-19,3%), Rio de Janeiro (-17,9%), Roraima (-16%), Distrito Federal (-6,1%), Minas Gerais (-5,2%), Amazonas (-4,8%), Goiás (-3,7%), Santa Catarina (-1%) e Acre (-0,7%). A Região Norte teve o melhor desempenho.