Manaus – O empresário Adrian Belchior, que bateu uma Ferrari, nas proximidades do Teatro Amazonas em fevereiro de 2015, e ainda tirou onda ao dizer “só bate quem tem”, foi condenado no último dia 24, pelo juiz Diógenes Vidal Pessoa Neto, da 6ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, à perda do passaporte, da carteira de habilitação e dos cartões de crédito por não pagar o veículo, modelo 2008, que ele havia comprado do também empresário Marcos Pacheco.

Conhecido por ostentar nas redes sociais, o “Playboy da Ferrari”, como é chamado, não chegou a pagar nenhuma prestação do veículo.

Na época do negócio, Belchior deu uma caminhonete Dodge Ram e se comprometeu a pagar 10 parcelas de R$ 140 mil. Não honrou. O resultado é que, no dia 5 de outubro de 2017, Pacheco ajuizou a ação, R$ 1.476.691,74. Ontem (28) o valor corrigido chegou a R$ 3.170.666,40.

Ocorre que a Justiça não encontrou nenhum bem em nome de Belchior, que é filho de um empresário do ramo de balsas. O juiz decidiu, então, restringir a possibilidade dele de usufruir de riqueza, já que continua ostentando nas redes sociais. “A justiça, em todo Brasil, começou a aceitar a tese de Litigância de Má Fé e Fraude Processual nesses casos e a punição preliminar fica por conta de medidas cautelares que restringem as capacidades de usufruir riquezas não declaradas”, explica o advogado Ricardo Gomes.

“Em geral esses golpistas não têm um parafuso em nome deles, pois lavam dinheiro com empresas em nome de laranjas, das quais são “procuradores”, mas vivem de cartões, mansões, viagens e muita ostentação”, acrescenta. “Por isso os bons juízes já perceberam e estão recolhendo passaportes, CNH, bitcoins, aplicações, previdência, Jet Skys, lanchas, etc.”, diz ainda o jurista.

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