A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu uma segunda ameaça a servidores e diretores caso vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, para crianças venham a ser aprovadas.

Na tarde desta quarta-feira (3), a autarquia federal detalhou que a investida ocorreu em 29 de outubro por meio de um segundo e-mail, desta vez anônimo.

“A ameaça se dá 24 horas após o primeiro texto de tema semelhante ter sido recebido na agência, embora o autor não seja, aparentemente, o mesmo”, informa a agência, em comunicado.

A Anvisa alertou as presidências da República, do Senado, da Câmara, e do Supremo Tribunal Federal (STF), além da Procuradoria-Geral da República (PGR), ministérios da Justiça, da Saúde, Casa Civil, Polícia Federal e Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

“Em meio a essas ameaças ao Estado Brasileiro, a Anvisa, o Poder de Polícia desse mesmo Estado no campo de Vigilância Sanitária, segue com a sua missão institucional de proteger a saúde do cidadão de maneira ampla e se mantém na vanguarda do enfrentamento da Covid-19 em nosso país”, frisa a agência, em nota.

Entenda o caso

Dois dias após a Pfizer informar que pedirá autorização à Anvisa para o uso da vacina contra Covid-19 em crianças com idades entre 5 e 11 anos, os cinco diretores da agência responsáveis pela área receberam ameaças de morte.

Além dos diretores, constam como alvos das citadas ameaças de morte instituições escolares do estado do Paraná.

A decisão da Pfizer de pedir a autorização da Anvisa foi anunciada depois de a farmacêutica ter conseguido parecer favorável da agência Food and Drug Administration (FDA) para o uso do imunizante nessa faixa etária nos Estados Unidos.

O painel de especialistas da agência norte-americana reconheceu, na terça-feira (26/10), que os benefícios da injeção superam os riscos. Em sequência, o CDC (Center of Disease Control) norte-americano também referendou a aplicação do imunizante em crianças a partir de 5 anos.