MANAUS – Segundo o deputado federal Marcelo Ramos (PL), que é vice-presidente da Câmara dos Deputados, a cobrança de tarifas sobre a geração de energia solar busca “equilibrar” uma política que beneficiava apenas famílias de classe média.

“Nem eu, nem você, nem ninguém que está nos assistindo conhece um pobre que tenha energia solar em casa. Quem pode comprar um painel de energia solar é a classe média e classe média mais alta”, afirmou Ramos, após participar de evento com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

A taxação sobre a energia solar consta em projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados em 18 de agosto do ano passado. O chamado “Marco Legal da Minigeração e microgeração distribuída no Brasil” cria tarifas pelo uso de fios de distribuição a consumidores que produzam e utilizem fontes de energia renovável.

Ramos disse que essas taxas não existiam em razão do estímulo ao uso de fontes de energia renováveis, mas que essa política precisa “ser equilibrada”, pois “baratearam muito nos últimos cinco anos”. “O preço hoje é quase 70% mais baixo do que era no passado. E nós vamos ter daqui a 25 anos um sistema mais equilibrado. Nos próximos 25 anos continuam valendo as mesmas regras de hoje”, disse o parlamentar.

O deputado também explicou que a interligação à rede de distribuição é necessária para estabilizar a energia em 110 volts. “Quem adere a energia solar não se desconecta da rede de distribuidora, mas é obrigado a continuar na rede de distribuidora, senão ele não teria energia nem à noite, nem em dia de chuva, e nem conseguiria estabilizar na tomada em 110”, disse.