Manaus – O trabalho de buscas pelo paraquedista Luiz Henrique Cardelli, de 33 anos, que desapareceu após ser levado por uma ventania durante um salto em Manaus, entrou no décimo dia na manhã deste domingo (24). Ele é advogado e tinha vindo a capital amazonense a trabalho.

Segundo o Corpo de Bombeiros, um comitê de crise foi instalado para acompanhar o caso e cerca de 100 pessoas trabalham nas buscas. Além de embarcações, as equipes também contam com o apoio de duas aeronaves.

Nestes últimos dias, as equipes concentram as buscas da cabeceira da ponte Philippe Daou até a Ilha das Onças (a 65 quilômetros de Manaus), além de já terem realizado uma varredura de superfície pelo rio na área dos bairros Tarumã (Zona Oeste) e Puraquequara (Zona Leste).

A família do paraquedista está oferecendo uma recompensa de R$ 20 mil para quem encontrá-lo. Além da recompensa, a ex-esposa de Luiz Henrique, Jéssica Santos, contou que a família procura por ribeirinhos e pescadores com canoas e rabetas para ajudar nas buscas.

Temporal atrapalhou pouso

Cardelli está desaparecido desde o dia 15 de abril. Ele estava em um grupo formado por 14 paraquedistas que realizava saltos na capital amazonense, e foi surpreendido pelo forte vento e pela chuva que atingiu a cidade.

Durante o temporal, quatro atletas acabaram saindo da rota correta. Dois deles foram resgatados no mesmo dia, enquanto uma paraquedista foi encontrada no dia seguinte, já sem vida.

Saltos estão suspensos no Aeroclube de Manaus

Após o incidente, a Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) determinou a suspensão temporária das atividades de salto no Aeroclube Amazonas por 30 dias. A portaria foi publicada no site da confederação, na sexta-feira (22).

De acordo com a portaria da CBPq, a decisão ocorre até a finalização do Relatório de Investigação do Acidente – RELIA. A Confederação diz ainda que recolheu depoimentos a respeito da ocorrência do dia 15 de abril e que destinará recursos financeiros para auxiliar as buscas ao paraquedista que continua desaparecido.