O professor disse ter enviado fotos de sua genitália a pedido da menor que, segundo ele, já tinha tido relação sexual com um homem mais velho. Ainda na delegacia, ele admitiu ter tido um “problema” com uma outra garota de 13 anos, em 2019.

Depois de ser ouvido, o professor foi liberado. Segundo a Polícia Civil, não houve flagrante; apenas o aparelho de celular foi apreendido.

Familiares da menina afirmaram que, após a divulgação do caso nas redes sociais, surgiram outras adolescentes dizendo que também foram assediadas pelo mesmo homem. Ele foi afastado pela gestão municipal.

Conversas

A suspeita sobre uma relação entre a adolescente e o professor surgiu após a menina sair de casa na véspera do feriado de 9 de julho e passar uma noite fora. Questionada, uma colega da menina disse à família que ela poderia estar com o professor.

A partir da informação, a mãe acessou o Instagram da filha e leu as conversas entre os dois. As mensagens não indicavam que eles tinham passado a noite juntos, mas mostravam que, dias antes, o homem havia convidado a adolescente para passeios, falado sobre intimidades e enviado fotos nu.

A mãe da menina marcou o encontro com o professor na tarde do dia 9 de julho. “Quer comer por aí primeiro? Assim que você comer me avisa e eu já te busco”, escreveu ele.

O homem demonstrou estar preocupado com o risco de ser pego. “Sua tia postou que você sumiu [no dia anterior]. Precisa ser rápido mesmo. Parei na casa de tintas na frente. Nunca iria deixar você”, escreveu ele ao chegar ao local combinado.

Quando percebeu que havia sido atraído para uma armadilha, ele confirmou para a mãe da menina que havia combinado de se encontrar com ela.

A adolescente não foi ouvida na ocasião. Por ser menor de idade, ela não pode prestar depoimento em uma delegacia comum.

As informações são do Metrópoles