Um candidato à Prefeitura de Manaus está sob investigação da Polícia Federal após acusações de que sua campanha estaria operando um esquema digital conhecido como “gabinete do ódio”. Segundo denúncias, mais de 400 perfis falsos em redes sociais estariam sendo utilizados para promover sua candidatura e atacar adversários, todos operando a partir de endereços IP provenientes do mesmo local, sugerindo uma ação coordenada.

Um dos IPs teria sido localizado próximo à Avenida das Torres, no bairro Aleixo, reforçando a suspeita de uma operação centralizada. Vários perfis compartilham o mesmo IP. Esses perfis fakes são utilizados não apenas para atacar opositores e adversários, mas também para elogiar o candidato.

Esses perfis são usados para disseminar desinformação e influenciar a opinião pública de forma manipulativa, uma prática criticada por comprometer a transparência do processo eleitoral. Especialistas em segurança cibernética alertam para os riscos dessa estratégia, que prejudica a integridade das eleições.

É importante destacar que a criação de um perfil falso na internet para proteger a identidade não constitui crime. No entanto, fingir ser outra pessoa, seja ela viva ou morta, caracteriza o crime de falsa identidade, o que pode resultar em penalidades legais. Além disso, o uso de perfis falsos para caluniar ou difamar terceiros também configura crime contra a honra, agravando a situação legal dos responsáveis.