
Na última quinta-feira (16), a Polícia Civil do Amazonas prendeu Eduardo Fernandes Torres e Matheus Marreiros de Lima, suspeitos de envolvimento na execução de Júlio César Santos das Chagas, de 34 anos, morto a tiros dentro do Shopping Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, no dia 1º de outubro. O crime, registrado por câmeras de segurança, causou pânico entre clientes e funcionários — inclusive uma criança estava próxima à vítima no momento dos disparos.
Segundo a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Júlio havia sido expulso de uma facção criminosa e estava escondido em Manaquiri, no interior do Amazonas. Ele retornou a Manaus para visitar as filhas e a ex-companheira, quando foi surpreendido por criminosos armados que o seguiam desde cedo. Mesmo baleado, tentou fugir para dentro do shopping, mas não resistiu aos ferimentos após ser socorrido ao SPA Joventina Dias.
Em coletiva, o delegado Ricardo Cunha classificou o crime como “ousado e revoltante”, destacando que a execução foi planejada e envolveu pelo menos quatro pessoas — entre elas o atirador, identificado como Ronaldo, vulgo Jogador, que segue foragido. A operação que resultou nas prisões, batizada de “Traços” (que significa “ousadia” em grego), contou com o apoio de câmeras de segurança, rastreamento de veículos e tecnologia de monitoramento.
As autoridades pedem que informações sobre o paradeiro do foragido sejam repassadas à DEHS pelos canais oficiais de denúncia. O secretário de Segurança Pública ressaltou que o trabalho integrado entre as forças policiais tem sido essencial para reduzir os homicídios na capital.