Manaus – Na manhã desta segunda-feira (29), o senador Eduardo Braga (MDB), mentiu durante sua fala na CPI da Pandemia no Senado Federal. Braga afirmou que não houve aumento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Manaus, no período da pandemia da Covid-19.
Entretanto, Dados da Secretaria de Atenção à Saúde, disponibilizadas via Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), mostram que em janeiro de 2020, esse tipo de leito somava 533 unidades na capital e, atualmente, chega a 935, um acréscimo de 75,42%.
Eduardo Braga também interrompeu o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD), para mais uma declaração equivocada. Ele novamente afirmou que durante sua gestão, não houve pagamentos de processos indenizatórios.
Esta afirmação aconteceu após o deputado estadual Fausto Souza, do mesmo partido de Eduardo Braga, mostrar uma tabela com os volumes dos pagamentos indenizatórios feitos pelo Governo do Amazonas, ano a ano, a contar de 2011 e que se estendia até 2020.
O documento integrou o relatório fruto da CPI da Saúde, instaurada no âmbito da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em 2020, com duração de 120 dias, e que o parlamentar foi relator.
Depois de algum tempo, o senador Eduardo Braga afirmou que não efetuou pagamentos indenizatórios. E foi então, que o presidente da CPI, Omar Aziz apresentou dados do Portal da Transparência do Governo do Estado, que apontam para o pagamento de R$ 346 milhões em processos indenizatórios durante a gestão de Eduardo Braga, incluindo todas as áreas.
Braga, que já deixa claro táticas e manobras para ser candidato ao Governo do estado do Amazonas, foi governador entre os anos de 2003 e 2010, período em que não foram abertos nenhum leito de UTI no interior do Estado.
Atualmente, o Amazonas é uma das poucas unidades do Brasil a contar com leitos de UTI apenas na capital.
A gestão de Wilson Lima implantou Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) em municípios polo do Estado. Hoje, o Amazonas já se prepara para abrir as primeiras unidades de UTI no interior.
Estas unidades serão implantadas no Hospital Municipal de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), vinda de uma parceria entre Governo do Estado e Prefeitura de Manaus. O intuito desta medida é diminuir os impactos da pandemia da Covid-19.
