Gabriel Medina está vivendo o seu melhor início de temporada na carreira. Depois de três etapas, o bicampeão mundial de surfe soma uma vitória e dois vice-campeonatos. Neste sábado, vestindo a camisa amarela de líder do ranking mundial, ele começa a encarar as ondas de Margaret River, lugar onde tem o seu pior retrospecto na WSL. A chamada para o início da competição está marcada para as 20h (de Brasília), e o ge acompanha em Tempo Real.

Desde 2014, quando a etapa do Oeste australiano passou a fazer parte do calendário da elite do Tour, Medina nunca conseguiu passar das quartas de final nas ondas do “Main Break” e “The Box”.

– Esse começo de ano está sendo o melhor da minha carreira, então estou muito feliz com esse momento. Estar vivendo tudo isso, representando o nosso país. Eu fico muito feliz de ter assumido a liderança. Era algo que eu estava procurando desde que eu cheguei aqui na Austrália. Pegar a camisa amarela e, se Deus quiser, fazer essas finais aqui na Austrália. E tá saindo como eu estava imaginando. Fico feliz com a minha performance e de como as coisas estão indo – comemorou Medina.

O melhor resultado do brasileiro em Margaret foi no ano de estreia da prova, quando perdeu para o australiano Josh Kerr e terminou em quinto em 2014. Desde então, Gabriel tem dois 25º, um 17º e um 9º. Em 2018, a prova foi cancelada após dois ataques de tubarão acontecerem próximos à região do campeonato e, meses depois, retomada em Bali, onde Gabriel terminou em 5º.

Retrospecto de Medina em Margaret River:

 

2019 – derrota para Caio Ibelli (BRA) na 3ª fase
2018 – etapa transferida para Bali após ataques de tubarão
2017 – derrota para Jacob Willcox (AUS) na 2ª fase
2016 – derrota para Italo Ferreira (BRA) nas oitavas
2015 – derrota para Jay Davies (AUS) na 2ª fase
2014 – derrota para Josh Kerr (AUS) nas quartas

Para superar os desempenhos ruins do passado, Medina esse ano conta com a experiência do técnico Andy King. O australiano tem sido peça importante nesse início de ano histórico de Gabriel na Austrália. Além do novo técnico, Gabriel está viajando acompanhado de sua esposa, Yasmin Brunet.

Antes da vitória em Narrabeen, há duas semanas, Medina tinha apenas mais uma vitória na Austrália: o título de 2014 da etapa da Gold Coast, onde o brasileiro iniciou a busca por seu primeiro título mundial. Desde então, Gabriel colecionou como melhores resultados na terra dos cangurus dois 3º lugares, sendo um na Gold (2017) e outro em Bells (2018).

A perna australiana, famosa por ondas que quebram para a direita, sempre foi considerada um ponto fraco na carreira de Medina até esse ano. Com as mudanças dessa temporada para locações onde quebram ondas mais variadas, como North Narrabeen e Newcastle, Gabriel tem sobrado até agora na Austrália.

Com a previsão de ondas muito grandes para os primeiros dias da janela, Medina terá seu grande teste de fogo a partir deste sábado. São esperadas ondas de até 5m de altura no “Main Break”, o pico principal, para o início do campeonato. Também existe a possibilidade de a disputa iniciar nas famosas ondas de “The Box”, o pico alternativo e onde quebra um dos tubos mais bonitos e perigosos do Tour. As ondas de North Point, que também eram uma opção para a realização do evento nos últimos anos, estão descartadas por conta das restrições da pandemia.

A estreia de Medina será contra Adriano De Souza Mineiro, campeã em Margaret em 2015, e contra o surfista local Cyrus Cox.

– O mar parece que vai estar grande nos primeiros dias. Feliz que a gente vai ter ondas para surfar, e que todo mundo vai ter oportunidade. Me sinto preparado. Acho que todo mundo está preparado para esse swell, e espero fazer o meu melhor. Que eu consiga me superar nessa onda.

Confira o top-10 do ranking após 3 etapas:

 

1º- Gabriel Medina (BRA) – 25.600 pontos
2º- Italo Ferreira (BRA) – 19.405 pontos

3º- John John Florence (EUA) – 14.650 pontos
4º– Kanoa Igarashi (JPN) – 12.810 pontos
4º- Conner Coffin (EUA) – 12.810 pontos
6º- Morgan Cibilic (AUS) – 12.160 pontos
7º- Jordy Smith (AFR) – 11.385 pontos
8º- Filipe Toledo (BRA) – 10.735 pontos
8º- Griffin Colapinto (EUA) – 10.735 pontos
8º- Frederico Morais (PRT) – 10.735 pontos

 

Fonte: ge